TECNOLOGIA A SERVIÇO DA ARTE E CULTURA

Sala 1 - Pão de Açúcar: história, cultura e natureza
Nesta sala, o visitante é convidado a conhecer as origens de Pão de Açúcar e a riqueza de sua história. O percurso começa com o tempo do Império e recorda a passagem de Dom Pedro Segundo pela cidade. O espaço também preserva a memória da antiga Cadeia Pública, construção que faz parte do patrimônio histórico local. Entre os personagens lembrados estão Moreno Brandão e João Damasceno Lisboa, figuras importantes na formação política e social do município.
As primeiras datações arqueológicas realizadas na região revelam os vestígios dos povos que habitaram as margens do Rio São Francisco há milhares de anos.
A sala apresenta ainda aspectos da vida sociocultural de Pão de Açúcar. As embarcações que navegavam pelo rio, o vaqueiro que atravessava a caatinga, a chegança com suas danças e cantos, e o cangaço, que marcou o imaginário sertanejo, ajudam a compreender a força das tradições locais.
Na parte geográfica e ambiental, o visitante encontra fósseis, peças arqueológicas e representações da fauna da região. Cada elemento reforça a relação entre o homem, o rio e a natureza, mostrando a importância do ambiente para a história da cidade.
A exposição destaca também a arte dos mestres da Ilha do Ferro e o delicado Bordado Boa-Noite. Nos painéis suspensos, os temas das embarcações, dos povos originários, do vaqueiro, do cangaço e da chegança ampliam a compreensão sobre a cultura e a história de Pão de Açúcar.

Sala 2 - Paleontologia
Nesta sala, o visitante conhece o passado remoto de Pão de Açúcar e a riqueza paleontológica da região. O espaço apresenta um conjunto de fósseis que ajuda a compreender como era a vida há milhares de anos no sertão alagoano.
O acervo foi identificado e catalogado pelo professor Jorge Luiz Lopes da Silva, pesquisador responsável por revelar parte da história natural da cidade. São cinquenta e quatro fósseis registrados no totem digital, que podem ser explorados por meio de imagens, descrições e vídeos explicativos.
Entre os destaques estão os fósseis de mamíferos da megafauna, animais de grande porte que viveram na região em períodos muito antigos. Esses vestígios mostram como o ambiente e o clima mudaram ao longo do tempo, ajudando a compreender a formação do território e da vida que existiu antes da presença humana.
A sala de Paleontologia convida o visitante a imaginar o sertão em eras passadas e a perceber que sob o solo da cidade repousa uma parte importante da história do planeta.


Sala 3 - Personalidades
Esta sala presta homenagem a pessoas que marcaram a história e a identidade de Pão de Açúcar. O espaço reúne nomes que contribuíram de diferentes formas para o desenvolvimento cultural, político, educacional e social do município.
Entre as personalidades lembradas estão José Ramos de Souza, conhecido como Zé Gordo, Heloísa Helena, Manoel Bezerra Lima, Nezinho Cego ou Manoelito, Ana Dayse Rezende Dórea e Álvaro Machado. Cada um deles representa um tempo, uma trajetória e uma forma de servir à comunidade.
A galeria apresenta fotografias antigas que preservam rostos e memórias de quem ajudou a construir a cidade. Um sistema digital permite que os visitantes também participem da história: é possível registrar uma foto e deixar um depoimento nos terminais interativos do museu, eternizando sua passagem por este espaço.
A Sala de Personalidades é um convite à lembrança e à valorização das pessoas que fizeram de Pão de Açúcar um lugar de memória e de pertencimento.
Sala 4 - Arqueologia
Esta sala apresenta o passado mais antigo de Pão de Açúcar e revela como os primeiros grupos humanos ocuparam o território há milhares de anos. A exposição reúne informações, vídeos e imagens que ajudam o visitante a compreender o valor histórico e científico da região.
O município possui o maior número de sítios arqueológicos identificados em Alagoas, com sessenta e cinco áreas registradas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em dois mil e doze.
Os totens digitais apresentam quatorze artefatos arqueológicos catalogados, além de registros de pinturas rupestres espalhadas por diversos sítios. Essas figuras gravadas nas rochas despertam curiosidade e admiração. Embora seu significado ainda seja um mistério, são consideradas verdadeiras expressões de arte dos antigos habitantes do sertão. As pesquisas mostram que a ocupação humana na região do rio São Francisco tem milhares de anos.
A sala de Arqueologia permite ao visitante mergulhar nas origens da vida humana no sertão e imaginar as histórias guardadas nas pedras, nos fósseis e nas gravuras que resistem ao tempo.


Sala 5 - Arte Popular e Artesanato
Esta sala celebra a criatividade e o talento do povo sertanejo. O visitante encontra um conjunto de peças que expressam o modo de vida, a imaginação e o olhar artístico de quem transforma o cotidiano em arte.
O acervo exposto apresenta esculturas, móveis, objetos utilitários e bordados produzidos por artesãos da Ilha do Ferro, localidade conhecida pela força de sua tradição artesanal. O trabalho em madeira destaca figuras inspiradas na fauna e na flora da região, além de personagens e formas que unem simplicidade e inventividade.
O bordado Boa-Noite também tem presença marcante neste espaço. Já o trabalho com madeira começou entre o final dos anos 1970 e o início dos anos 1980, crescendo desde então como importante fonte de renda e expressão cultural.
Os vídeos exibidos nos totens e as fotografias de Celso Brandão revelam cenas do cotidiano e depoimentos de artistas que mantêm viva a tradição. A sala de Arte Popular e Artesanato mostra que, em Pão de Açúcar, cada criação carrega um pedaço do sertão e da alma de seu povo.
Sala 6 – Multimídia
Esta sala oferece uma experiência sensorial que une tecnologia, imagem e som para apresentar a história natural e cultural de Pão de Açúcar. O visitante é convidado a explorar o território, o passado e as tradições do município por meio de recursos interativos.
Com o uso dos óculos de realidade virtual, é possível visitar três sítios arqueológicos: Olho d’Água do Mato, Bom Nome e Cuidado. Durante o passeio, o visitante ouve sons originais da natureza e observa de perto as pinturas rupestres registradas nas rochas.
Outro equipamento de realidade virtual transporta o público para tempos pré-históricos, permitindo ver os grandes mamíferos da megafauna que fazem parte do acervo de paleontologia da cidade.
A sala também conta com três totens digitais que exibem fotos, textos e vídeos em formato de imersão em trezentos e sessenta graus. Os conteúdos abordam temas como a fauna da caatinga e a ictiofauna do baixo São Francisco, destacando espécies típicas da região e o equilíbrio entre o ambiente e a vida local.
Entre as cenas registradas nas imagens e vídeos estão a tradicional corrida de canoas de Bom Jesus dos Navegantes e a pega de boi no mato, manifestações que preservam a cultura sertaneja e o vínculo entre as pessoas e a terra. As fotografias de Celso Brandão e Ricardo Lêdo completam a ambientação.

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